A modernização dos estádios esportivos nem sempre está atrelada a conceitos mais modernos de acessibilidade e desenho universal. O Brasil passou por um período de intensos e agressivos investimentos na adequação de estádios e ginásios esportivos para cumprir os cadernos de encargos da organização da Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e dos Jogos Olímpicos e Paralímpico Rio 2016.
Na realidade, desde os Jogos Panamericanos e Parapanamericanos Rio 2017, passando-se pelos Jogos Militares Mundiais em 2011, ouve uma sucessão de investimentos em equipamentos esportivos buscando-se cumprir os requisitos para sediar não somente a realização dos jogos, mas também o período de preparação e aclimatação dos representantes dos países competidores.
Por todo Brasil houveram impactos, até mesmo de cadeiras antigas que eram retiradas dos estádios para as obras de modernização e que foram cedidas a outros equipamentos. O problema é que tais adequações não foram precedidas de estratégias de sustentabilidade e embora já se discutisse isso na época, vários investimentos por todo Brasil hoje encontram-se sucateados e mostram o descaso e a falta de estratégia em longo prazo.
O episódio n° 07 do PEP - Palestra Esporte Podcast apresenta a realidade sobre como o esporte é tratado nestes espaços nos EUA. Um jogo se transforma em um grande evento, aliás é tratado como um grande evento, mesmo quando os clubes não passam por uma boa fase, a paixão não envolve apenas a chance de conquista de títulos, mas o prazer de estar em um estádio e acompanhar seu time e toda a infraestrutura que o cerca. Os americanos conseguiram agregar outros valores ao espetáculo esportivo e transformaram um jogo em um verdadeiro programa.
A gestão de equipamentos esportivos possui uma infinidade de fragilidades no Brasil e precisamos refletir sobre como trabalhar de forma estratégica, como buscar parcerias e transformar nossos equipamentos esportivos em algo sustentável. Neste vídeo citamos exemplos da promoção da acessibilidade, sobre como trabalhar com levantamento e tratamento de dados para melhorar sensivelmente os procedimentos e o atendimento ao público. Outros exemplos e reflexões buscam elucidar o quanto precisamos avançar na qualificação da gestão dos nossos estádios e ginásios esportivos.
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